sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Ésteres

Ésteres
Os ésteres são classificados em três grupos:
1. Essências – são derivadas de ácidos e álcoois de cadeia curta. São utilizados principalmente na indústria de alimentos pára imitar o sabor e o aroma de algumas frutas. Essas substâncias químicas recebem o nome de flavorizantes.
1.a – etanoato de etila – essência que imita o sabor de maçã verde nas gomas de mascar e balas.
1.b – metanoato de etila – essência de groselha.
1.c – acetato de pentila – essência de pêra.
2. Óleos e gorduras – são os ésteres mais importantes do nosso dia-a-dia. Produtos como óleo de soja, azeite de oliva, a manteiga ou a margarina estão frequentemente presentes na nossa refeição diária. Sabões, e sabonetes são produtos usados em limpeza e no nosso banho diário.
Todos os produtos citados são ésteres derivados de um só álcool, o propanotriol ou glicerina. Como este álcool apresenta três hidroxilas, a relação com ele será feita com três ácidos e o éster será um triéster.
Por exemplo, a gordura de alguns animais, denominado sebo, é uma mistura de ésteres, um deles é a estearina, matéria prima na fabricação de sabonetes e sabões.
A estearina, éster de origem animal, resulta da reação de três moléculas do acido olérico (16 C) com uma molécula de glicerina.
O babaçu é uma palmeira nativa do Maranhão, Piauí, Tocantins e outros estados brasileiros. Da amêndoa do coco do babaçu, obtêm-se os ácidos láurico (12 C) palmítico (16 C) e oléico (18 C). Esses são um dos componentes do sabonete Lux para pele sensível.
3. Ceras – ésteres obtidos a partir da reação de um ácido e um álcool com elevado número de carbonos. Exemplos:
Cera da abelha – éster obtido da reação do ácido palmítico (16 C) com o álcool merassílico (31 C).
Cera da carnaúba – é um éster constituído pela reação do ácido cerótico (25 C) como álcool merassílico (31 C).
Utilidades da cera – fabricação de graxas para sapatos, cera para brilho em pisos, velas, papel-manteiga etc...
Ésteres são substâncias orgânicas largamente empregadas como flavorizantes em balas e doces.
O que são flavorizantes?
Flavorizantes ou aromatizantes são substâncias (naturais ou sintéticas) ou misturas que adicionadas a um alimento ou medicamento lhes conferem um flavor característico.
Existe uma certa imprecisão com os termos aroma e flavorizante. Aroma se refere somente ao complexo de substâncias odoríferas, enquanto flavorizante se refere ao complexo que dá sabor aos alimentos e bebidas.
A palavra flavorizante vem do inglês “flavo(u)r”, também empregado de maneira confusa. A palavra pode ser utilizada tanto para designação de odor, sabor, cor e textura de um alimento, como para uma mistura das sensações de sabor e odor causado por uma substância na boca. Em português, as palavras “flavour” e aroma são utilizados geralmente para designar substâncias que dão sabor e odor aos alimentos, embora estejam definidas de outra maneira em dicionários.
Composição: Um grande número de ésteres possuem aromas e/ou sabores agradáveis, sendo usados como flavorizantes na forma pura ou misturadas. Os produtos informam no rótulo a existência de flavorizantes na sua composição.

Nome do éster
Fórmula
Aroma/sabor
Butanoato de etila
C3H7 - COO - C2H5
Abacaxi
Formato de isobutila
H - COO - C4H9
Framboesa
Formato de etila
H - COO - C2H5
Pêssego
Butanoato de pentila
C3H7 - COO - C5H11
Abricó
Acetato de pentila
CH3 - COO - C5H11
Pêra
Etanoato de octila
CH3 - COO - C8H17
Laranja
Etanoato de benzila
CH3 - COO - CH2 - C6H5
Gardênia
Etanoato de 3-metilbutila
CH3 - COO - C5H11
Banana
Heptanoato de etila
C6H13 - COO - C2H5
Vinho
3-metilbutanoato de 3-metilbutila
C4H9 - COO - C5H11
Maçã
Nonilato de etila
C8H17 - COO - C2H5
Rosa
Antranilato de metila
H2N - C4H6 - COO - CH3
Jasmim
Caprilato de etila
C5H11 - COO - C2H5
Pinha
Acetato de etila
CH3 - COO - C2H5
Menta
Se você estiver de olhos vedados, comendo um alimento que não viu qual é, muito provavelmente será capaz de identificá-lo pelo gosto. No entanto, quando estamos resfriados, isso se torna mais difícil ao até mesmo impossível. Por quê??
A língua, ao contrário do que se pensa costumeiramente, sente apenas quatro sabores: azedo, amargo, salgado e doce. Durante a mastigação, a língua sente o sabor do alimento, e, nas fossas nasais, sensores apropriados sentem o aroma (cheiro). Sabor e aromas se completam e se confundem, formando a sensação designada pela palavra inglesa flavor (usada em português sem tradução).
Assim, flavor significa sabor + aroma. Quando ficamos resfriados, as nossas fossas nasais congestionam-se e, dessa forma, não sentimos o aroma. Percebemos apenas os quatro sabores básicos, o que nos faz pensar que parte do gosto está faltando.
Muitos produtos contêm no rotulo a informação de que possuem flavorizantes, trata-se de substâncias que dão a ele flavor característico.
Imitando o flavor de maçã.
O flavor (isto é, a conjugação do sabor e aroma) de um alimento é o resultado de uma complicada mistura de substâncias nele presentes. Alguns desses componentes são responsáveis pelo sabor, sentido na língua, e outros, pelo aroma, percebido pelos sensores localizados nas fossas nasais.
O sabor de uma maçã (sentido na língua) é doce e azedo, em conseqüências de açucares e ácidos naturais. Os componentes responsáveis pelo odor (percebido pelo nariz) são voláteis, ou seja, são substâncias que facilmente passam pelo estado gasoso. Entre eles há ésteres aldeídos e cetonas.
O flavor de uma maçã se deve a dezenas de ingredientes diferentes. Há cerca de 20 ácidos carboxílicos (alguns com cadeia de até 20 átomos), 30 álcoois, (alguns com cadeia igualmente longa), setenta ésteres e algo em torno de três dúzias de outros componentes.
Na fabricação de balas e goma de mascar com “sabor” (isto é) flavor de maçã, o que os químicos e engenheiros de alimentos fazem é tentar imitar a complexa sensação proveniente de tantos sabores distintos. Frequentemente, o acetato de etila é um componente usado para imitar o aroma, enquanto o açúcar comum e uma substância ácida comestível são usados para produzir o sabor doce e azedo de maçã.
A imitação é, certamente, muito mais barata do que seria se todos os inúmeros constituintes naturais de uma maçã fossem empregados, porém, deixa a desejar, como a fruta verdadeira.
Esmalte
O cheiro característico do esmalte de unha se deve a um ou mais ésteres que atuam como solventes. Os mais usados são acetato de etila e acetato de butila (amila).
éter
Entre as drogas mais usadas no Brasil estão os inalantes. Trata-se de um tipo de droga cujos vapores são inalados pelo usuário. Como exemplos mais conhecidos, temos o “lança-perfume” e a cola de sapateiro.
O primeiro pode apresentar várias composições, sendo a mais comum aquela em que entram álcool, éter e clorofórmio. Já a cola de sapateiro é fabricada dissolvendo borracha em tolueno.
Os inalantes são perigosos por dois motivos. Primeiramente no que diz respeito à saúde. O clorofórmio (base para a maioria dos lança-perfumes) produz sérias lesões no fígado. O tolueno, por sua vez, é cancerígeno. Em longo prazo, o emprego dessas drogas pode provocar também doenças cardíacas. Em segundo lugar, o uso de inalantes serve também como porta de entrada para drogas mais fortes, que causam dependências, problemas físicos e mentais graves, até mesmo a morte.
Par evitar que a cola de sapateiro seja utilizada como inalante, existem várias propostas. Uma das mais eficientes e baratas é a adição de formaldeído, que em virtude de seu cheiro forte e irritante, desestimula a inalação do produto.
O chamado éter comum, componente dos lança-perfumes, é na verdade um dos membros do grupo de componentes orgânicos conhecidos como éteres.
Maconha e haxixe
A maconha, uma das drogas mais difundidas, é obtida das folhas e flores de uma determinada espécie de cânhamo, denominada cientificamente de Cannabis sativa. Os usuários utilizam-na sob a forma de cigarros, nos quais o principal ingrediente ativo é a substância tetra-hidrocarbinol (THC), presente na droga em concentração de 2 a 3% em média.
A molécula de THC apresenta as funções químicas éster e fenol.
Uma das formas concentradas dessa droga é conhecida como HAXIXE e é obtida de uma resina liberada pela Cannabis sativa. Nele, a porcentagem de THC é cerca de duas vezes maior que na maconha.
Entre os muitos efeitos do uso da droga, está a euforia, a intensificação das sensações visuais e auditivas, o aumento da pulsação e vermelhidão acentuada nos olhos. Dependendo da dose, o usuário pode ter alucinações intensas e coloridas. A euforia pode dar lugar á paranóias e ansiedade.